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Arquivo para janeiro 2011

Aquecimento global chega aos palcos de Londres

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Nathalia Fernandes | 11:44, quinta-feira, 27 janeiro 2011

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Cartaz de peça de teatro sobre aquicimento global The Heretic

Já há algum tempo a discussão sobre a mudança climática chegou ao cinema e à televisão, principalmente na forma de documentários. Mas o palco de teatro ainda é território estranho para debates sobre o tema, apesar do grande interesse popular. Isto agora parece estar mudando. Ao menos na Europa.

Na Alemanha, algumas peças já foram escritas, inclusive para o público infanto-juvenil. E na Grã-Bretanha, no próximo mês, duas grandes companhias de teatro estreiam em Londres textos que têm como centro a questão do aquecimento global.

A primeira, "The Heretic" ("O Herege", em tradução livre) será encenada pela Royal Court Theatre e terá como centro a vida de uma cientista, Dr. Diane Cassal, que se encontra em desacordo com a visão científica compartilhada pela maioria dos seus colegas. A sinopse da peça traz a questão: "Poderia a ideia de que o aquecimento global é causado pelo homem ter se tornado a religião mais atraente do século 21?"

A outra é "Greenland" ("Groenlândia", em tradução livre) será encenada pela renomada Royal National Theatre e está sendo chamada também de peça/documentário. De acordo com o próprio site da companhia, o texto foi criado em conjunto por quatro dramaturgos que entrevistaram ao longo de seis meses figuras centrais do mundo das ciências, da política, dos negócios e da filosofia "em um esforço para tentar entender" o assunto "mais urgente da atualidade".

Esta não é a primeira vez que uma peça sobre o aquecimento desembarca nos palcos londrinos. Em 2009, "The Contingency Plan" ("Plano de Contingência") fez relativo sucesso.


Cartaz da peça de teatro Greenland, em cartaz em Londres.

Mas é a primeira vez na Grã-Bretanha que duas grandes companhias investem no assunto de maneira simultânea.

E um artigo do crítico de teatro Robert Butler indica os prováveis motivos da demora da chegada do tema ao teatro no país.

Segundo ele, primeiro, é necessário esclarecer conceitos relativamente complexos para um público leigo, problema enfrentando por qualquer dramaturgo que se aventure por temas do mundo das ciências. Mas além desta dificuldade, escrever uma peça sobre os efeitos das mudanças climáticas também impõe o desafio de criar tensão em relação a um evento que só acontecerá no futuro.

O que acontece em lugares remotos, como a Antártica, pode alterar o rumo dos acontecimentos na Grã-Bretanha em algumas dezenas de anos. Nada imediato e local como o drama originado por uma guerra ou uma epidemia, por exemplo.

"Greenland" e "The Heretic" parecem ter superado esta primeira barreira, atraindo o investimento de duas renomadas companhias teatrais britânicas. Resta saber como o público vai reagir e que tipo de desdobramento o surgimento de peças sobre o aquecimento global pode vir a ter. Os textos vão incentivar mudanças de comportamento e assumir um tom de campanha, como acontece com vários documentários? Ou as mudanças climáticas servirão somente como pano de fundo para tramas convencionais?

Reciclando ruínas para reconstruir o Haiti

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Eric Camara | 16:52, sexta-feira, 7 janeiro 2011

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Um ano depois do terremoto que matou 230 mil pessoas e deixou um milhão de desabrigados, montanhas de escombros ainda são parte da paisagem do Haiti. Agora, um estudo do Instituto de Tecnologia da Georgia, Georgia Tech, nos Estados Unidos, sugere que o problema pode se tornar solução para criar moradias para os flagelados.

O autor do estudo é o engenheiro especializado em terremotos Reginald DesRoches, que nasceu no Haiti, e viajou diversas vezes a Porto Príncipe para recolher amostras e estudar a composição das ruínas de prédios da capital haitiana.

Ele constatou que o concreto usado nas construções haitianas não era da melhor qualidade. Por isso, quando reciclado em novos blocos de concreto estrutural, apresentava menos da metade da resistência regulamentada para construções americanas.

haiti, earthquake

Mas, DesRoches descobriu também que ao utilizar o material dos escombros moído, o concreto resultante apresentava grande resistência, podendo ser usado em construções robustas na região - constantemente ameaçada por tremores.

O engenheiro diz que a reciclagem das construções desabadas resolve dois problemas de difícil solução: 1. o que fazer com os destroços - uma vez que existem poucos aterros seguros e menos ainda caminhões disponíveis para o transporte; 2. Onde encontrar e novamente como transportar material para usar na mistura de concreto.

A ideia não é inédita - na Europa, alguns países chegam a utilizar até 20% de materiais reciclados em concreto estrutural - mas os testes da Georgia Tech mostram que seria possível começar imediatamente a reconstrução do país a partir das próprias "cinzas".

"É preciso mais trabalho para caracterizar os materiais reciclados, testes adicionais de parâmetros de performance e avaliar a maneira mais segura de moer os escombros", afirmou DesRoches.

Ele espera que com a passagem do segundo turno das eleições no Haiti, neste mês, os trabalhos de reconstrução voltem a ganhar impulso e a reciclagem das ruínas, considerada.

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