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A um ano da eleição

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Rogério Simões | 2009-10-08, 12:00

Daqui a exatos 12 meses, os brasileiros estarão escolhendo novos governadores, deputados, senadores e, especialmente, um novo presidente da República. Além de receber outras 31 nações para a Copa de 2014 e, caso seja reeleito, abrir a primeira Olimpíada da América do Sul, o novo líder brasileiro será o primeiro após 16 anos das eras FHC e Lula, um período de estabilidade política e econômica sem precedentes na história brasileira.

O pleito, provavelmente o mais disputado desde o embate de 1989 entre Fernando Collor de Mello e Luiz Inácio Lula da Silva, será realizado em um momento de otimismo. O Brasil sai da maior crise econômica global dos últimos 80 anos com apenas alguns arranhões (uma pequena interrupção no crescimento econômico e na geração de empregos, já superada). A oposição tucana aparece na frente nas mais recentes pesquisas de opinião, mas o capital político do governo é suficientemente forte para alavancar a candidata do Palácio do Planalto. Discussões, ideológicas ou práticas, sobre como usar o crescimento econômico para melhorar a vida do cidadão comum podem fazer de 2010 um momento de grande maturidade da jovem democracia brasileira. Detalhes poderão decidir a votação.

Em entrevista à 鶹Լ Brasil, Luiz Carlos Mendonça de Barros, ex-ministro do governo Fernando Henrique Cardoso, admitiu que a missão da oposição não será fácil. "É muito difícil, porque, no fundo, a sociedade acaba associando o bem-estar presente ao governo de plantão", afirmou, apesar de ressaltar que o bom momento brasileiro é, na sua opinião, consequência dos dois últimos governos. "Essa combinação de oito anos de Fernando Henrique com oito anos de Lula foi uma combinação muito favorável para nós, porque incorporou do governo Fernando Henrique uma visão muito mais de institucionalização, de uma economia mais moderna, regras mais claras. (...) E um pragmatismo no governo de Lula, de entender que num país com a distribuição de renda como a brasileira você tem de usar uma política social de fora da economia, isto é, definida pelo próprio governo."

O governo Lula, naturalmente, acredita ser o autor das diretrizes mais importantes que colocaram o Brasil num caminho de mais desenvolvimento e menos pobreza. O ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse recentemente à 鶹Լ Brasil que mesmo se o governo trocar de mãos daqui a um ano suas prioridades para o país não poderão mudar. "Mesmo com as eleições, o curso das políticas já está dado. Acho temerário que algum novo governante venha a mudar uma série de diretrizes que estão dando certo. Eu duvido que desative o Bolsa Família, os programas sociais. A população não vai deixar", afirmou.

Em meio ao debate sobre o caminho do Brasil a partir de 2011, aparecem os mais recentes dados do Pnud, programa das Nações Unidas. O IDH (Índice de Desenvolvimento Humano) brasileiro melhorou, mas o país continua numa posição decepcionante, para dizer o mínimo. Em 75º lugar, o Brasil está 17 posições abaixo da Venezuela de Hugo Chávez e 20 atrás da Líbia de Muamar Khadafi. Logicamente, isso não quer dizer que o México (53º), onde o narcotráfico ameaça a soberania do governo central em várias localidades, tenha menos problemas que o Brasil; que Chipre (32º) esteja em um melhor momento econômico; ou que o pequeno, árido e monárquico Kuwait (31º) seja um lugar melhor para se viver. Mas o IDH, que mede qualidade de vida e não a projeção política ou econômica de uma nação, é um ótimo indicativo do tamanho do desafio de quem o Brasil eleger daqui a um ano.

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